Resenha: Azul da Cor do Mar - Marina Carvalho

• Editora: Novo Conceito
• Páginas: 334
• Nota: 
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ACASO, DESTINO ou LOUCURA? No caso de Rafaela, Pode ser tudo isso junto. Para alguém como ela, nada é impossível. Rafaela sonha desde a adolescência com o garoto que viu uma vez, perto do mar, carregando uma mochila xadrez... A idéia fixa não a impediu, porém, de ser uma menina alegre e muito decidida. Ela quer ser jornalista, e seu sonho está se concretizando: Rafaela Vilas Boas (um nome tão imponente para alguém tão desajeitado) conseguiu um estágio no melhor jornal de Minas Gerais. Mas, como estamos falando de Rafa, alguma coisa tinha que dar errado. O jornal é mesmo incrível, mas seu colega de trabalho, Bernardo, não é a pessoa mais simpática do Mundo. Em meio a reportagens arriscadas – e alguns tropeços -, Bernardo acaba percebendo, contra a sua vontade, que Rafaela leva jeito para a coisa... E que eles formam uma dupla de tirar o fôlego. Mas e a mochila? E o garoto, o envelope, as cartas? Um dia a estabanada Rafaela vai ter que se libertar dessa obsessão.

Quando recebi os lançamentos de fevereiro o primeiro que me empolgou de cara foi Azul da cor do mar, primeiro porque eu AMEI simplesmente Ana, segundo porque eu adoro a narrativa da Marina. Peguei para ler e não me arrependi.

Nossa protagonista da vez é a Rafaela, 21 anos, e está cursando o último semestre de Jornalismo em BH. Rafaela não é o exemplo de delicadeza e suavidade, ela é desastrada e vive se desequilibrando, caindo e batendo nas coisas por ai. Com relação ao Jornalismo ela leva tudo muito a sério, ama sua profissão e faz de tudo para ser sempre a melhor. Não é a toa que conseguiu um super estágio na folha de Minas que é o terceiro melhor jornal do Brasil. Olha a responsabilidade.

Conhecemos também o Bernardo, o melhor jornalista investigativo da folha, ele é prepotente, abusado, arrogante e de cara já começa a tratar Rafaela com desprezo e cheio de grosserias, para piorar a situação, Rafa está completamente ligada a ele quando seu chefe manda que Bernardo seja à sombra dela, que lhe ensine tudo que sabe. Muito profissional, Rafaela faz de tudo para ignorar o comportamento acido de Bernardo.

Outro personagem muito fofo que apareceu para roubar a cena é Marcelo. Marcelo trabalha na área de esportes do jornal e é um fofo, não esconde de maneira nenhuma seu interesse por Rafaela. Mas a mesma não se permite amar, pois desde os 11 anos é obcecada por uma sombra, por um menino cuja única lembrança marcante dele é a sua mochila xadrez. Desde muito cedo ela nutri esse “sentimento” que vai de admiração a curiosidade, sempre quis saber quem ele era, o que ele fazia, mas a única coisa concreta que sabe sobre ele é que ele carregava sempre a mochila xadrez, Rafa via esse menino todas as suas férias em Iriri/ES.

O mais inquietante de tudo é que ela acabou criando uma espécie de obsessão com relação a este desconhecido, escrevendo diariamente coisas sobre ele em um diário. E apesar de estar fechada para balanço é inevitável negar que Bernardo meche com ela, quando fica algum tempo sem vê-lo se sente deprima e com um vazio no peito. Mas será possível amar alguém que odiamos tanto? Contraditório, talvez ela não o odeie.

Sabe aqueles livros fofos que você fica babando, é fofo, divertido, suave. Te entretém de uma forma que é impossível parar de ler. E encantador e doce, assim como Simplesmente Ana. Sabe aquele livro que quando acaba você fica com aquela dózinha? Então, exatamente isso que aconteceu.

A pergunta que não quer calar: ACASO, DESTINO ou LOUCURA? Eu fico com destino.