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Resenha: Branca dos Mortos e os Sete Zumbis - Fábio Yabu


  • Editora: Globo Livros
  • Páginas: 200
  • Nota: 
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"Branca dos Mortos e os Sete Zumbis" é o conto que abre o livro de mesmo nome pelo atormentado Abu Fobiya. Tal qual a caixa de pandora, uma vez abertas as páginas deste tomo macabro espalharão pesadelos e sortilégios ao redor do mundo.

Uma das coisas que me ganhou nesse livro (Além da escrita maravilhosa) foi o prefácio. Ele nos pergunta se realmente acreditamos em contos de fadas e nos abre um questionamento que todos os seres presentes nos contos de fadas estão de certa forma presentes em nossas vidas... “Você já parou para pensar no que eles significam na verdade? Os contos de fadas são nada mais do que narrativas folclóricas, dotadas de um significado implícito, que não precisam ser interpretadas ao pé da letra, mas que também não devem ser descartadas – Faça isso e automaticamente alguns goblins morrerão a seus pés. Heróis, princesas, orcs e trolls não só existem de fato como fazem parte (Ativamente, às vezes) de nossas vidas. São criaturas com as quais temos de lidar no dia a dia, na escola, na faculdade, no trabalho e até mesmo no aconchego do lar. Não satisfeitas essas criaturas ainda se escondem dentro de nós, afinal, todos temos nosso lado bruto, ogro, nossa faceta heróica, cavaleiresca – Somos mentores e vilões em ocasiões adversas e diante de pessoas distintas”. Quando terminei de ler o prefácio e vi que ele tinha sido escrito por ninguém menos que Eduardo Spohr, eu soltei um grito entusiasmado e disse: “CARACAS, EU SABIA QUE ELE ERA DEMAIS MESMO”. E me joguei na leitura, afinal, se o Spohr indicou o livro com tanta convicção, o que mais eu queria? 

Todas essas palavras do prefácio me fizeram lembrar-me de algo que li a respeito de “Dementadores”, para quem não conhece, dementadores são criaturas que se alimentam da felicidade dos outros. E realmente existem pessoas assim em nosso cotidiano, que se alimentam de nossas felicidades, nos deixando secos, sem esperanças de melhorar. Mas, voltando ao que interessa. 

Em “Branca dos Mortos e os setes zumbis, e outros contos macabros” conhecemos o lado obscuro por trás dos nossos queridos contos de fada, e a cada página podemos perceber o quão perversa é a mente do Fábio Yabu, e acima de tudo, o quão criativo ele é. Existem páginas do livro que você sente aquele arrepio, aquela inquietação, aquele frio na barriga, asgo, uma sensação de umidade, de falta de felicidade. 

O primeiro conto é o que deu origem ao nome do livro, Branca dos Mortos e os Sete Zumbis, e a forma como o Yabu narra e coloca suas idéias nefastas no papel é fascinante, o cenário criado por ele é de arrepiar até os mais corajosos. Não que o livro te dê medo, mas ele tem uma perversão que mexe completamente com teu psicológico, te fazendo parar um pouco a leitura para tentar se recuperar. 

O livro está impecável, com maravilhosas ilustrações que reforçam o teor da narrativa. 

Apenas uma dica: Não espere pelo tão aclamado final feliz. Fábio Yabu chegou para mudar a história completamente. 

Resenha Dupla : Aconteceu Em Paris e Eu Amo New York

Título: Aconteceu em Paris / Eu Amo New York
Páginas: 480 / 292
Editora: Novo Conceito / Fundamento
Ano de lançamento: 2013 / 2013
Autora: Molly Hopkins / Lindsey Kelly
Estrelas: 4/5 - 3/5



Evie Dexter quer fazer carreira como guia de turismo. Determinada como é, e cheia de coragem por causa de um ou outro drink, ela logo começa a “melhorar” seu currículo. E consegue um ótimo emprego: acompanhar turistas por toda Paris.Agora é só uma questão de se firmar como profissional demonstrando o seu melhor. Mas os vinhos franceses são tão gostosos... E seu tutor, Rob, é bonito demais!O primeiro romance de Molly Hopkins é um livro que todo mundo gostaria de ler. É verdade que você pode se incomodar com o comportamento de Evie quando ela descobre que Rob é muito rico, e pode até ser que você ache que Rob é exageradamente controlador. Mas nada é maior que as gargalhadas que você dará quanto mais conhecer a garota descomedida, apaixonada e com um imenso coração que é Evie. Uma moça como muitas que conhecemos.






Será que fugir do ex-noivo rumo ao destino mais vibrante e inesquecível do planeta pode ser o suficiente para curar um coração partido? Para Angela Clark, a inglesa mais indecisa do mundo... sim! Com um pouco mais do que um par de sapatos Louboutin e seu passaporte, é New York - a cidade onde a vida pulsa de verdade - que Angela escolhe como seu destino de aventuras. E lá encontrará a ajuda da pessoa mais antenada da cidade, Jenny, sua nova melhor amiga. Indecisa entre dois homens ma-ra-vi-lho-sos, tentada pelas vitrines das lojas mais famosas do mundo e com medo de ter que voltar para Londres, Angela terá que tomar muitas decisões. E o mais importante: ela relata essas experiências para os leitores do blog de uma revista famosa! Hummm... será que isso vai dar certo?! E será que Angela vai querer chamar NY de “casa” para sempre? E você? Depois de uma temporada em NY, não iria querer chamar essa cidade fabulosa de “casa” também? 
















Hey, pessoas, nesse post irei resenhar sobre dois livros do mesmo gênero literário. Isso porque após a leitura dos dois eu me peguei pensando no quão diferentes as histórias podem ser mesmo pertencendo há um mesmo modelo, digamos assim.
Começando pelas semelhanças: Ambas as protagonistas possuem 26 anos, possuem lá seus problemas e as histórias se passam em grandes cidades. Nova Iorque, Londres, Paris... Ela são engraçadas, possuem um bom coração e...cometem alguns erros chatos...
Então, vamos lá ;)



Aconteceu em Paris é um chick-lit, a estreia literária da autora Molly Hopkins e foi uma história que me agradou muito. A personagem principal, Evie, é uma britânica de 26 anos que insiste em dizer que não tem problemas financeiros e nem com bebidas, mas sempre acaba gastando o que não tem com o que não deve.

Ao começar a leitura uma sensação de Deja Vu se apoderou de mim, um estalo veio imediante, eu pensei: “Opa, já li isso antes.” E logo Os Delírios de Consumo de Becky Bloom, da maravilhosa e diva Sophie Kinsela me veio em mente. Sim, o livro tem essa premissa de solteira londrina na casa dos 20 e poucos que está cheia de problemas e mesmo assim acha que tudo pode se resolver num passe de magia.

Sendo sincera, eu não gosto de livro assim, não gosto dessas personagens fúteis e iludidas que não querem acordar pra realidade. Mas as vezes, e eu digo novamente, as vezes...é bom ter uma leitura dessas, por conta dos pensamentos absurdos que nos levam a dar algumas boas risadas e eu realmente consegui isso com esse livro.

A conclusão que eu cheguei a esse livro é: A história é boa, me surpreendeu bastante (em se tratando de chick-lit), a Evie tem seus momentos de esperteza, de mulher que usa o cérebro e seus amigos são super divertidos. Sem contar no Rob, que é um namorado maravilhoso (menos numa parte aí, mas cabe a cada um decidir se gosta ou não, quer saber o que é? Leia e descubra ;) ) e sabe reconhecer seus erros. O livro me ensinou uma lição positiva: a de não levar a vida tão a sério.

E eu espero que os próximos livros da autora possam me agradar tanto quanto esse. Então fica a dica para quem curte o gênero, com alguns clichês, porém com uma boa dose de originalidade na história.


Já o livro Eu Amo New York...

Esse também é do gênero chick-lit, o primeiro que eu li da autora e que não me agradou muito. A história é boa? Pode-se dizer que sim. Tem certa originalidade? Também pode-se dizer que sim. No entanto, as escolhas e decisões tomadas pela personagem não me agradaram. Além do mais, a autora quis forçar tanto que o leitor se interessasse por um personagem, que ela acabou fazendo besteira lá pro final.

A personagem vive uma vida pacata em Londres quando descobre que o noivo está enganando-a e então, numa espécie de surto ela pega o primeiro vôo para Nova Iorque, com apenas a roupa do corpo e tenta se colocar em algum hotel. Resumindo: Ela estava entediada, surgiu um problema e então ela fugiu, sem sequer pensar nas consequências. Nossa, que ótimo... (sentiram a ironia?) Então ela conhece pessoas, faz amizades, sai com alguns caras...E fica indecisa entre dois camaradas...

Ta aí outra coisa que eu estou aprendendo a odiar: triângulos amorosos. Mas por quê cargas d'água tem de haver triângulos amorosos? Como isso é humanamente impossível? Como pode ser você gostar de dois caras e os dois caras gostarem de você? Se a maioria das pessoas não conseguem nem ser correspondida por UM, que dirá por DOIS. E na boa...tem que ser muito promíscua para ficar numa indecisão dessas...Então sim, um fator que me fez não gostar da história foi a chatice do triângulo amoroso. Não gosto, não gostei e não gostarei. Ponto.

Então quer dizer que o livro todo é chato? Não, claro que não. Só boa parte dele, tem partes divertidas...como os diálogos da protagonista com suas amigas e também as informações sobre a cidade de Nova Iorque.

No entanto, avaliando pelo geral não é um livro chick-lit que eu recomendaria, sequer leria uma segunda vez.
Porém, como sou uma pessoa legal, darei uma segunda chance a autora e lerei seu próximo livro, espero não me decepcionar.

Espero que tenham gostado das resenhas, 
Até a próxima, pessoas.
Ósculos, Mah. :D




Resenha: Enfeitiçadas - Jessica Spotswood


  • Editora: Arqueiro
  • Páginas: 272
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Antes do alvorecer do século XX, um trio de irmãs chegará a idade adulta, todas bruxas. Uma delas terá o dom da magia mental e será a bruxa mais poderosa a nascer em muitos séculos: ela terá poder suficiente para mudar o rumo da história, para suscitar o ressurgimento do poder das bruxas ou um segundo Terror. Quando Cate descobre esta profecia no diário de sua mãe, morta há poucos anos, entende que precisa repensar seus planos. Qual será a melhor opção: servir a Irmandade, longe dos olhos vigilantes dos Irmãos Caçadores de Bruxas, aceitar uma proposta de casamento que lhe garanta proteção e segurança ou abandonar tudo e viver um grande amor proibido?
Prepare-se para se encantar com os jovens pretendentes de Cate, abominar o ódio e a repulsa que os Irmãos dedicam a meninas e mulheres, e aguardar ansiosamente pela sequência de As Crônicas das Irmãs Bruxas.
Cate Cahill é uma bruxa, uau assustei vocês? Não, é exatamente assim que somos apresentados a história. Cate e suas irmãs, Tess e Maura também são bruxas. O que tem de tão especial nisso? A sociedade que elas vivam era governada pela Fraternidade, que era composta por homens que puniam qualquer mulher que fosse suspeite de praticar bruxaria. Bem parecido com os tempos antigos onde as “supostas” bruxas eram queimadas em praça pública, afinal, bruxaria não é permitido. A única diferença é que pena por praticar bruxaria era a prisão ou a internação em um hospício.

Antes de falecer a mãe das meninas fez com que Cate jurasse que iria proteger suas irmãs mais novas de qualquer um que desconfiasse de seu segredo, o maior problema com relação a proteger este segredo é que as irmãs querem abusar um pouco do poder que lhes foi concedido e não resistem a uma boa prática de bruxaria.

E além de ter irmãs que querem praticar bruxaria, Cate para piorar a situação encontra um diário perdido da sua mãe, onde é apresentada a profecia:

“Antes do alvorecer do século XX, um trio de irmãs chegará a idade adulta, todas bruxas. Uma delas terá o dom da magia mental e será a bruxa mais poderosa a nascer em muitos séculos: ela terá poder suficiente para mudar o rumo da história, para suscitar o ressurgimento do poder das bruxas ou um segundo Terror.”

Agora sim as coisas tomaram outro rumo, o que Cate deve escolher... Viver um amor escondido, casar e receber proteção ou simplesmente entrar na irmandade longe dos homens da Fraternidade?

Algumas partes da leitura podem se tornar maçantes, pois na primeira parte do livro somos incorporados a sociedade, e descobrimos o quão machista os homens da Fraternidade podem ser.

Durante toda a leitura ficamos agoniados com o desespero de manter o segredo intacto, Cate exala medo de ser descoberta, e tenta de todas as formas honrar a promessa que fez a sua mãe no leito de morte. Mas como não se vive só de Bruxaria, a autora incorporou na história pequenos lapsos de romance, ou melhor, ela criou um triangulo amoroso. Apesar de romance não ser o ponto alvo da narrativa, não há como não ficarmos encantados com a forma que ele escreve sobre os momentos de paixão. Porém, o que me ganhou foi o fato da protagonista não ser alienada ao romance perfeito e ficar fantasiando páginas e mais páginas sobre o amor verdadeiro. Apesar de esse romance acontecer rapidamente, ele foi bem estruturado pela autora que conseguiu nos deixar apaixonados por esses três, e a escolha é difícil.

Além da fabulosa e rica descrição sobre os cenários de época, conseguimos facilmente nos ver na situação de Cate, ou melhor, nos sentimos a própria Cate, afinal o livro é em primeira pessoa.

Adorei o primeiro livro da série, a autora sem sombra de dúvidas sabe como amarrar uma boa história, sem deixar pontos desconexos, com uma narrativa envolvente, que a partir do momento que estamos completamente familiarizados com a fraternidade tudo flui de maneira que você não consegue controlar, são páginas e mais páginas, quase não conseguimos respirar.

O livro melhora drasticamente do meio para o final, e o clímax é fabuloso, nos deixando ansiosos pela continuação, e nos abrindo milhares de palpites sobre o que irá acontecer, nos resta apenas esperar.

Se a autora continuar com a mesma pegada do primeiro livro, com certeza essa série se tornara uma das melhores de bruxas que já li na vida.

Resenha: A Redenção de Gabriel - Sylvain Reynard

Primeiramente quero pedir desculpas a todos pelo sumiço aqui do blog, estava completamente sem tempo de postar, então vou tentar adiantar algumas resenhas atrasadas para que possamos continuar com a programação certinha aqui do blog, Obrigada a todos.


  • Editora: Arqueiro
  • Páginas: 432
  • Nota: 
  • Skoob

Depois do escândalo em que se viram envolvidos em Toronto, Gabriel e Julia se casaram e se mudaram para Massachusetts, onde ele dá aula na Universidade de Boston e Julia faz doutorado em Havard. Agora ela precisa provar que não vive à sombra do marido famoso. Mas parece que Gabriel não está pronto para ver a esposa caminhar com as próprias pernas. Além disso, as coisas entre eles não vão muito bem. Isso porque Gabriel está ansioso para ter um filho, mas Julia quer concluir o doutorado primeiro. Para ver realizado seu sonho de formar uma família, Gabriel terá que enfrentar fantasmas do passado. Será ela capaz de fazer isso? E será que a generosidade de Julia resistirá à ameaça de ver arruinada a carreira que ela tanto se esforçou para construir? "A Redenção de Gabriel" é o desfecho brilhante dessa trilogia que arrebatou leitores no mundo inteiro.

A melhor forma de começar essa resenha é dizendo que eu estava errada. Quando resenhei o segundo livro disse que não era necessária uma continuação, que o segundo foi ruim o suficiente e blábláblá. Acontece que eu estava muito enganada, em A Redenção de Gabriel toda a magia do primeiro livro voltou e a leitura foi fabulosa, tão doce e encantadora quanto um unicórnio branquinho. (oi?)

Em A Redenção ficamos ligados aos acontecimentos pós-casamento de Gabriel e Julia, as brigas, os momentos de paixão, os conflitos, as discussões, as provas de amor e todo aquele mel que só o Gabriel consegue exalar. Também somos levados ao passado de Gabriel e conseguimos assim descobrir algumas coisas. 

Algumas passagens do livro podem se tornar lentas devido o excesso de informações, por assim dizer, existem partes que o autor expressa exageradamente o amor de Gabriel por Julia, fazendo assim os leitores –ou alguns deles – suspirarem com tanta paixão. Algumas partes lentas se dão também ao fato de estarmos sendo apresentados como disse acima ao passado de Gabriel. Não espere GRANDES acontecimentos nesse livro, ele é suave, terno e belo.

A narrativa está mais gostosa do que nunca, a única coisa que me lembro ao ler era dos suspiros de paixão que eu soltava a cada vez que o nosso querido Gabriel entrava em cena. O ponto alvo do livro, a parte que mais me encanta, é a forma que o amor é representado, apesar de simples, puro e verdadeiro é carregado de poesia, de romantismo antigo, de coisas que nos dias de hoje são consideradas extintas. Talvez Gabriel seja o último romântico.

O livro em si é maravilhoso, mas não indico a pessoas que gostam de livros objetivos que vão direto ao assunto. Mas se você leu o primeiro e gostou, então essa deve ser sem dúvidas a sua próxima leitura.

 
Fonte: http://princesa-descolada-myla.blogspot.com/2013/03/paginacao-numerada.html#ixzz2j39CpByO