- Editora: Arqueiro
- Páginas: 400
- Nota:
- Skoob
Quinta-Feira Negra. O dia que nunca será esquecido. O dia em que quatro aviões caem, quase no mesmo instante, em quatro pontos diferentes do mundo. Há apenas quatro sobreviventes. Três são crianças. Elas emergem dos destroços aparentemente ilesas, mas sofreram uma transformação. A quarta pessoa é Pamela May Donald, que só vive tempo suficiente para deixar um alerta em seu celular: Eles estão aqui. O menino. O menino, vigiem o menino, vigiem as pessoas mortas, ah, meu Deus, elas são tantas... Estão vindo me pegar agora. Vamos todos embora logo. Todos nós. Pastor Len, avise a eles que o menino, não é para ele... Essa mensagem irá mudar completamente o mundo.
Antes de começar a falar sobre o livro, eu gostaria de falar uma coisinha que está me incomodado. Bom, muitas vezes quando escrevo sobre um livro que não foi de todo proveitosos pra mim, algumas pessoas me enviam e-mails ou me chamam no facebook pra perguntar por que eu não gostei, e dizer que depois que leram a resenha perdeu completamente a vontade de ler o livro em questão, e é pra essas pessoas que eu quero dizer isso: Veja bem, de forma alguma eu estou querendo fazer com que vocês não leiam livros, bons ou ruins o que vale é aquilo que você tira de melhor dele. Não existem apenas resenhas positivas, eu tento de toda forma expressar meus verdadeiros sentimentos sobre o livro, portanto nem sempre falarei bem, mas eu não gostar de um livro não significa que você vá odiar, gosto é diferente. Todavia, peço que não leiam a minha resenha para julgar o livro, leiam o livro e tirem suas próprias considerações. O que eu escrevo aqui é MEU ponto de vista, MINHA opinião. Certo? Vamos lá.
Ah, escrever sobre esse livro é difícil. Pois eu ainda não consegui formular o que eu realmente senti com ele. Primeiro que sempre que eu crio grandes expectativas com uma leitura acabo me frustrando, pois nem sempre é tudo aquilo. Acontece que “Os três” não é um livro ruim, não tenho nenhuma pretensão de caracterizá-lo dessa forma. Eu diária mais que ele tem coisas que eu aprovo e coisas que eu não aprovo. Atualmente eu não sei se amei ou odiei esse livro.
Comecei a leitura acreditando que o livro era de terror, mas me enganei. Só que apesar de não ser propriamente terror, tem varias partes que nos deixam um pouco “amedrontados” - não aquele medo de fantasmas, é um medo maior, um medo de coisas reais, coisas que nos cercam. Talvez essa não tenha sido a intenção da autora, mas em algumas partes ela dá a entender que tentou passar esse ar assustador, porém foi complemente em vão. E além disso, completamente desnecessário, pois o livro podia ter sido levado pro lado oposto. Faltou desenvolver determinados pontos para que estes passassem a ser mais tocantes e/ou arrebatadores. E várias – várias mesmo – partes se tornaram tão enfadonhas que eu fui obrigada a fechar o livro e continuar no dia seguinte.
O livro tem uma narrativa bem parecida com um documentário, uma pesquisa, com matérias de jornais, relatos, e-mails e etc. E como eu falei, tem muita coisa desnecessária ai dentro, coisas que de nada adiantaram durante toda a leitura, e o pior... O mesmo sentimento que você tem ao começar o livro, você tem ao terminar. Esse sentimento não é ruim, é uma tensão agradável. Mas nada mais que isso.
Pamela May Donald é uma americana e também uma das sobreviventes – não se apegue a ela. Na verdade, Pamela está no livro com um único intuito: Passar uma mensagem que talvez mude o rumo da história. Como falam na sinopse, na quinta feira negra, quatro aviões caem em diferentes partes do mundo, a única relação que eles têm é que: três crianças sobreviveram. Esse caso das três crianças passa ser estudado e somos apresentados aqueles fatos, e-mails, teorias, chats, e tudo aquilo que citei lá pra cima. Bom, acompanhamos Elspeth Martins – autora/personagem de ‘Quinta-feira negra – da Queda à Conspiração’” – em sua busca por respostas, acerca das crianças e nesse meio termo conhecemos diversos personagens, alguns exóticos, outros impactantes e outros nada animadores.
“Os três” relata um acidente de avião de forma diferente, mostrando-nos um ponto de vista diferente, sobre religião – fanatismo? – crueldade, e principalmente aborda vários sentimentos macabros de pessoas doentias. E além do mais, a autora soube bem como expor aquele lado negro da mídia, o lado sem escrúpulos das pessoas. Nesse ponto eu posso bater palmas de pé para Sarah.
O maior ponto positivo foram alguns relatos interessantíssimos, que nos prendiam. Algumas partes foram bem criadas, onde a autora explora áreas legais, como medo, angustia tragédias, sofrimento e por ai vai. Mas ai que mora o problema, a autora te apresenta um relato bem interessante e logo em seguida acaba com tua empolgação ao começar a enrolação.
As teorias que autora trás a tona é também um ponto que me deixou bastante curiosa com a leitura, as conspirações e todo o mal que cerca é sem sombra de dúvidas o motivo maior de eu ter dado três estrelas.
Não pense que é um livro fácil, é o tipo de livro que você deve se entregar para conseguir absorver o máximo que ele pode oferecer. Não sei como caracterizá-lo, mas se eu tentasse seria como: Bizarro, medonho, fantástico, maçante, nada convencional, brilhante, autentico, fabuloso, e acima de tudo: Indescritível.
Seria loucura dar apenas três estrelas a um livro que eu caracterizo como fabuloso? Talvez! Mas depois de ler “Os três” você vai entender esse sentimento de amor e ódio. Apesar de ter dado três estrelas eu indico muitíssimo esse livro a vocês.