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Resenha: Sessão de Terapia - Jaqueline Vargas


  • Editora: Arqueiro
  • Páginas: 280
  • Nota: 
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'Sessão de Terapia' traz o relato secreto de Theo Cecatto - seus pensamentos, suas fobias e os acontecimentos antes e depois de cada sessão. É um diário emocional de tudo o que aconteceu com ele enquanto Júlia, Breno, Nina, João e Ana estavam em terapia. Aos 56 anos, dono de uma carreira sólida na psicologia e com um consultório lotado de pacientes, ele se encontra em uma dupla crise. Seu casamento de décadas parece um campo minado. Fora isso, o trabalho, que sempre foi tudo para ele e seu maior aliado para fugir dos problemas, se tornou um fardo insustentável.

Sugar - Vanessa de Cássia

Olá queridos, como estão? Queria contar pra vocês sobre uma novidade maravilhosa da autora queridíssima Vanessa de Cássia. Recentemente a Vanessa publicou pela Amazon seu mais novo conto hot. Eu já li e breve venho com uma resenha pra vocês, nesse conto de 90 e poucas páginas vocês vão se aventurar na história de Flora e seu vizinho - super, hiper, mega gostoso - Paulo. O conto é divertidíssimo, além de claro, muito sensual. Ao finalizar vocês vão se perguntar: Porque meu vizinho não é assim?


Se seu vizinho lindo de morrer batesse em sua porta pedindo um copo de açúcar, o que faria?
Abra a porta, e descubra o que Flora fez..."
Um conto pra lá de açucarado... Um conto docemente sedutor!

Tamanho do arquivo: 252 KB
Número de páginas: 96


E abaixo eu separei alguns quotes para deixá-los com água na boca.

Lá no curso tem uma teacher que é minha amiga, Amanda, ela me apresentou algo que jamais tinha feito. Ler um livro erótico. Exatamente, Cinquenta Tons de Cinza.

– Poderia me arranjar um copo de açúcar, por favor? – na boa, eu daria o que ele quisesse! A voz dele era demais.

– Então, a proposta é a seguinte: um copo de açúcar, em troca, eu te darei prazer! Que tal? – que vizinho mais abusado, contudo, eu sou mais ainda...

Ah, um adendo importante. Sugar do conto remete a açúcar em inglês. Umas pessoas estavam confundindo o nome com Sugar, de sucção.
Aproveitando, vamos conhecer mais da Vanessa e aproveite para conhecer mais de seus dois livros publicados Entre Amores Cruzados e Batom Vermelho.


Sou trabalhadora, engraçada, cheia de dor, uma menina-mulher, 26 anos, filha de Rita e Edmilson, irmã da Andressa. Leitora de tudo. Apaixonada por livros, televisão, filmes, lanches, e muita música boa. Gosto de cores, sabores e lugares diferentes. Gosto do que me consome. Eu literalmente me adoro. Me curto. Tenho manias terríveis. Vou ter eternamente os cabelos vermelhos. E com várias tatuagens. Amo muito dançar, liberta a alma. Essa doce ilusão de achar que me entendo e ainda dividir com as pessoas os segredos da vida. Sou magrela e tagarela. Amo sorrir e amo chorar. Gosto da felicidade e admiro a tristeza. Autora de Entre Amores Cruzados, Doce Insensatez, Batom Vermelho, Menina dos Olhos, Atração Perigosa e Sugar. Sou um pouco de tudo e um tudo de nada!
 

Resenha: Perdida - Carina Rissi

Título: Perdida
Autora: Carina Rissi
Editora: Baraúna/Verus
Ano: 2011/2013
Páginas: 472/364
Estrelas fofas: 4/5


Sofia vive em uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor a menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição. Após comprar um novo aparelho celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa. Com a ajuda de prestativo Ian, Sofia embarca numa procura as cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam leva-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos...




Perdida foi um livro que me enlaçou logo de cara! Por quê? Eu irei lhes dizer o porquê! Carina Rissi misturou os temas que eu mais gosto: romance com sobrenatural (por conta de um ser mítico que eu não direi qual é, senão estraga a história) e viagem no tempo.

No romance de estreia da Carina temos a Sophie, narradora e protagonista desta história; Sophie tem 24 anos e é completamente dependente da tecnologia. O desastre acontece quando, acidentalmente, ela derruba seu celular no vaso sanitário. Desesperada, Sophie corre até uma loja com o intuito de comprar um aparelho novo, eis que ela se vê de cara com uma simpática e muito estranha velhinha, que vende á ela o “celular perfeito”. Fissurada como é, Sophie imediatamente o compra e então...


Bom, podemos dizer que é aí que a história começa. Uma viagem no tempo a leva ao Brasil de 1830, o que contrasta totalmente com a cosmopolita e antenada Sophie. A princípio, como qualquer pessoa normal, ela rejeita a ideia de que o acontecimento é real e que tudo aquilo não passa de um sonho. Porém não é, e logo chega o lindo, fofo, maravilhoso, romântico, carinhoso, amoroso, gentil, generoso e ....enfim, o Ian Clarke, um típico cavalheiro do século XIX. (Ou pelo menos, é o que deveria ser chamado de típico, porque os homens, em qualquer época, são uns safados. Falo mesmo).


Logo, Ian (como o bom e educado homem que é) leva Sophie para sua casa e lhe apresenta à sua irmã e a amiga dela, é então que a protagonista começa a perceber que, contrariando a tudo o que ela acreditava, ela realmente está no passado. E agora? Como fazer para voltar?
Perdida é um livro que me fez rir, chorar e sentir tudo o que a Sophie sentia. Seus pensamentos, suas emoções e tentar descobrir, junto á ela, o porquê disso ter acontecido. Me apaixonei profundamente por Ian, o personagem épico mais encantador e charmoso que conheci. 

E ao contrário do que se imagina, mesmo sendo este, um livro em primeira pessoa, é possível sim você saber o que se passa com os outros personagens, saber o que eles estão sentindo, vivenciar isso. É claro que, em determinado momento, a ficha já tinha caído muito antes para mim do que para a Sophie e eu não sabia se gritava com ela ou virava avidamente as páginas à procura do momento em que ela se desse conta do óbvio. 

O começo do livro foi carregado de momentos divertidos e engraçados que arrancam boas risadas do leitor, já pro final, sentimos o drama e o conflito de Sophie a respeito de suas escolhas. Afinal, ela tinha alguma escolha? 

Foi incrível ver que, durante a história, ela cresceu tanto e evoluiu, aprendeu mais sobre sua vida naquele pouco tempo, do que em 24 anos de existência. Sophie acrescentou valores a sua pessoa, perdeu certos preconceitos e descobriu muito sobre si mesma. 
E no final, quando tudo parecia perdido e eu não conseguia enxergar a luz no fim do túnel, a gênia da Carina fez essa jogada de mestre.
Foi por esse e outros motivos que me tornei fã dela, de seus escritos e mal posso esperar para ler outro livro lançado por ela.



P.S.: Perdida terá continuação! A autora já está na fase final, praticamente concluindo o livro. Espero ansiosamente!

Resenha: As Origens do Sexo - Faramerz Dabhoiwala


Editora: Biblioteca Azul
Páginas: 688
Nota: 
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Foram 20 anos de pesquisa, consultando de obras artísticas e diários pessoais a registros criminais e tratados filosóficos, antes que Faramerz Dabhoiala finalizasse seu As origens do sexo: uma história da primeira revolução sexual, que a Biblioteca Azul lança no Brasil. No livro, Dabhoiwala alterna a perspectiva histórica com trajetórias individuais de muitos homens e mulheres para compreender a evolução da forma como o homem encara – e pratica – o sexo ao longo da História, com destaque para a mudança de paradigma trazida pelo Iluminismo, que suscitou a primeira grande revolução sexual do ocidente, segundo o pesquisador. Professor de Oxford e membro da Royal Historical Society, Dabhoiala mostra em As origens do sexo que, desde o início da história humana, quase todas as civilizações prescreveram leis severas contra algum tipo de imoralidade sexual, mas foi a partir da Idade Média que o sexo ilícito foi tratado com crescente vigor como crime público. A revolução sexual teve início com a derrocada da disciplina pública, fruto da Reforma religiosa e do conflito que se estabeleceu a partir dela, quando o sexo consensual fora do casamento foi aos poucos passando para a esfera do privado, além da coerção legal. Mas foi o Iluminismo que mudou definitivamente a maneira como a sociedade via o sexo. O modo de pensar iluminista alterou as noções de religião, verdade, natureza e moralidade de quase toda a população, transformando atitudes e comportamentos. Essa maior pluralidade de visões morais teve como efeito o avanço da liberdade sexual ao longo do século XVIII. Essa mudança radical lançou os alicerces da cultura sexual até os dias de hoje. O Iluminismo varreu uma visão de mundo mais “coerente” e investida de autoridade, trazendo novas perspectivas e algumas tensões irresolúveis que fazem parte da condição moderna: o crescimento da liberdade sexual, o predomínio do modo urbano de viver e discutir sexo, a noção de que os homens são por natureza mais sexualmente ativos e as mulheres mais passivas, uma associação entre moral e classe, a distinção entre público e privado, comportamento natural e antinatural, pornografia e celebridade.

Em As Origens do Sexo, acompanhamos o processo de evolução do mesmo. É um livro repleto de conhecimento, nos mostrando as mil faces da nossa sociedade, e como eles encaravam o sexo e os praticantes. Hoje em dia ainda consideramos o sexo como um tabu, mas levando em conta que temos simplesmente liberdade para escolher se queremos ou não fazê-lo. Somos livres e o nosso corpo, é apenas nosso.

Um dos fatos que mais me chocaram durante a leitura, foi o preconceito com as mulheres, desde sempre somos consideradas o sexo frágil, mas eu realmente não imaginava a que ponto a mente do ser humano poderia chegar. Ou melhor, tinha chegado.

Desde os primórdios se pressupõe que as mulheres eram o sexo mais libertino, cujas mentes eram corruptas, ávidas e vorazes. E acreditavam fielmente que apesar de o desejo carnal ser algo universal as mulheres eram moral e mentalmente mais propensas a cair em tentação, se é que posso assim dizer, por serem menos racionais e não saber controlar suas paixões.

Esse pensamento se dava também pelo fato de as mulheres eram descendentes de Eva, que era aliada do diabo, pois foi Eva que traiu Deus, comendo assim a maçã proibida e trazendo o pecado para terra, sendo assim, todas as mulheres eram indignas de confiança. Tudo se dá através do pensamento machista, preconceituoso e mesquinho da Igreja, do estado e da sociedade como um todo. Isso também era muito inaceitável, pois a sociedade aceitava tudo que a Igreja ditava.

O Sexo era visto não só como um pecado, mas também como um crime, e todos aqueles que fossem contra o que era imposto eram severamente castigados. A culpa deste pecado era contraída do nascimento, mesmo depois do casamento homens e mulheres tinham que estar atentos para não pecar através do sexo imoderado ou que não fosse ligado a procriação. Para todo cristão ao longo da sua vida a disciplina sexual era uma necessidade fundamental e inevitável. Ou seja, nem com seu marido você poderia ter relações sexuais a não ser que estivesse ligada a fins de procriação, a mulher era vista apenas como um objeto, servindo única e exclusivamente para perpetuar a espécie.

Atualmente na nossa sociedade temos livre arbítrio para fazermos o que acharmos melhor com nosso corpo, desde que sejamos adultos e entendidos, porém antigamente nada do que acreditamos hoje em dia como o “certo” era aceito pelo Estado/Sociedade e principalmente pela Igreja, adúlteros eram possivelmente condenados a morte, todos aqueles que fossem contra o que era socado em suas mentes como algo verídico, eram condenados. E mesmo aqueles que faziam com o intuito de procriar, eram submetidos a uma espécie de ritual de purificação, pois o sexo era algo tão “maligno” que precisam exorcizar – por assim dizer – os demônios que ele impregnava no corpo daqueles que o faziam.

Todos esses pensamentos preconceituosos e impostos pela igreja foram debatidos com a chegada do Iluminismo, para quem não sabe, o Iluminismo foi um movimento cultura da elite intelectual Européia, trazendo a razão para a sociedade, liberdade política, o senso critico e indo completamente contra os abusos da Igreja e do Estado. O Iluminismo também era a favor da criação de escolas para que a sociedade deixasse de ser ignorante e passasse a estudar e aprender mais para poder debater e ter liberdade. Obvio que a Igreja foi contra esse movimento e pouco tempo depois surgiu os “Contra-Iluminismo”. Tem basicamente a mesma função da nossa sociedade atual, onde para os políticos e viável deixar a população ignorante a ponto de aceitarem tudo que lhe é imposto sem reclamar.

Então, é isso, o livro é cheio de conhecimento, uma ótima leitura para que conheçamos melhor a nossa sociedade e tudo que passamos para chegar aonde estamos.

Resenha Dupla: Filha da Floresta + Filho das Sombras - Juliet Marillier


Essa resenha será dupla, escrevi duas resenhas sobre essa série e não quis fazer dois posts, porém pensando em vocês, separei-as, portanto se você não quiser ler uma basta seguir para a outra. Tentei livrá-los de spoilers, apesar de ambas as histórias não terem muita ligação. Bom, mas vamos lá.


O domínio de Sevenwaters é um lugar remoto, estranho, guardado e preservado por homens silenciosos e criaturas encantadas, além dos sábios druidas, que deslizam pelos bosques vestidos com seus longos mantos... Passada no crepúsculo celta da velha Irlanda, quando o mito era lei e a magia uma força da natureza, esta é a história de Sorcha, a sétima filha de um sétimo filho, o soturno Lorde Colum, e dos seus seis amados irmãos, vítimas de uma terrível maldição que somente Sorcha é capaz de quebrar. Em sua difícil tarefa, imposta pelos Seres da Floresta, a jovem se vê dividida entre o dever, que significa a quebra do encantamento que aprisiona seus irmãos, e um amor cada vez mais forte, e proibido, pelo guerreiro que lhe prometeu proteção.

A trama se passa em uma era medieval, levando em consideração que a própria autora mencionou que tinha se baseado em um conto dos irmãos Grimm para escrever – e ao declarar isso ela criou uma grande expectativa, creio que não só em mim, mas em vários admiradores dos contos dos Grimm’s – portanto durante a leitura podemos perceber sutis semelhanças entre as fabulas, e todo o clima sombrio e instigante veio à tona. 

No primeiro livro conhecemos a história de Sorcha de 13 anos, a sétima filha de um sétimo filho. Sorcha é órfã de mãe e seu pai é bem relapso com relação aos seus filhos, depois de um tempo ele casa novamente e entra na história à madrasta, como em contos de fadas vocês já devem imaginar que ela não é nada legal e que não está disposta a tratar Sorcha bem, porém essa madrasta é um personagem bem secundário e não ganha muito destaque. Daí você se pergunta, o que isso tem a ver com o nome “Filha da Floresta”? Eis a resposta, os irmãos acabam sendo amaldiçoados e Sorcha consegue fugir para a floresta, a partir daí ela é guiada por seres sobrenaturais, os seres da floresta. Para se livrar dessa maldição Sorcha precisa fazer algumas coisinhas, durante o tempo na floresta ela acaba conhecendo Red – um Bretão – que a leva para casa afim de “ajudá-la”. 

Como já é de se imaginar, o romance não é MESMO o foco do livro, mas digamos que a autora anexou na medida esse sentimento que nos faz suspirar. 

A narrativa é em primeira pessoa, e somos agraciados pela rica descrição de Sorcha em sua jornada para tentar livrar os irmãos dessa terrível maldição. Aliás, os seis irmãos são muito importantes durante o livro, a força que os une é espetacular. O que mais me chamou a atenção durante a leitura foi o amadurecimento de Sorcha, no inicio do livro suas atitudes eram bem infantis, no decorrer ela acaba nos mostrando outro lado, decidido e corajoso. 

Um dos pontos negativos é que não sei se devo caracterizar esse livro como uma fantasia ou como um drama, pois a protagonista sofre tanto para cumprir sua “missão” que às vezes eu ficava saturada de tanto sofrimento, em alguns momentos eu fiquei com raiva por achar que a autora já estava querendo forçar a barra, mas depois de umas páginas viradas percebi que não foi a intenção. 

Apesar de a história ser extremamente envolvente, alguns momentos se tornaram enfadonhos e cansativos, demorei um pouco para finalizar a leitura. Dei quatro estrelas, pois a narrativa é intensa, com personagens interessantes, alguns um pouco mal construídos, mas em suma. É um bom lindo para quem curte fantasia regada de uma grande aventura.


Filho das Sombras narra a história da jovem Liadan, que, tal como a sua mãe, Sorcha, herdou a habilidade de falar com os espíritos da floresta, os quais lhe segredam que ela deve permanecer, para sempre, em Sevenwaters, se quiser que as ilhas Sagradas sejam retomadas dos bretões. A Irlanda está numa avassaladora guerra, onde um misterioso homem é temido e reconhecido como um mercenário feroz. E, assim como sua mãe no passado, ela acaba por ser capturada e sente-se cada vez mais atraída pelo ser das sombras, apesar de saber da maldição da profecia que Seres da Floresta lhe preveniram...


Bom, em Filho das Sombras conhecemos a história de Liadan, filha de Sorcha – protagonista do primeiro livro – ok eu sei que o nome do livro remete a um personagem masculino, mas temos uma protagonista. Novamente os bretões atacam pondo em risco o domínio dos Sevenwaters, na Irlanda. Porém há uma profecia que diz que há uma criança capaz de trazer a paz entre esses povos. 

Liadan parece bastante com Sorcha, inclusive herdou o “poder” de falar com os seres da floresta. Confesso que Liadan me cativou bem mais que Sorcha, pois ela é decidida, forte e muito corajosa, se julgar que algo está errado vai lutar para concertar, diferente de sua mãe que no primeiro livro se mostrou bem mais fraca e disposta a aceitar tudo sem pestanejar. 

Além de Liadan, ela tem outros dois filhos... Niahm, uma garota que quer mais do que pode ter, não gosta de ser presa, tem um espírito muito aventureiro e livre, e Sean, que é gêmeo de Liadan, conseguindo assim comunicar-se com ela por meio de pensamentos. Sean é inteligente e forte. 

Os bretões não são os únicos “vilões” da história, além deles ameaçando atacar o reino de Sevenwaters, temos também um homem misterioso, ah Liadan é raptada pelos capangas desse homem misterioso e a partir daí começa realmente a história e a ação. 

O Romance presente nesse volume é mil vezes melhor do que o do primeiro, poderia até caracterizá-lo como único. A narrativa da autora segue a mesma linha nos dois livros. 

Os pontos positivos foram em suma a protagonista, adorei sua personalidade, forte, destemida. E o romance, como acabei de citar. 

E o ponto negativo é o mesmo do primeiro livro, partes enfadonhas que me deixaram cansada e sem vontade de prosseguir com a leitura. 

A autora é indiscutivelmente criativa, a mitologia celta é muito bem abordada. Se você não gostou do primeiro livro não se deixe vencer, leia o segundo que provavelmente você vai querer dar outra chance para a trilogia.

Dei quatro estrelas para ambos os livros.

Você Sabia?

Oi oi oi gente, tudo bom? Encontrei vagando pela internet algumas curiosidades bem interessantes sobre o mundo literário e como sempre resolvi compartilhar com vocês. Vamos conferir?



















  • Os países que mais consomem livros no mundo são, pela ordem: China, Estados Unidos, Japão, Rússia e Alemanha.

  • O país com o maior número de livrarias são os Estados Unidos, com uma para cada 15 mil pessoas. No Brasil, existe uma para cada 70 mil pessoas.

  • O livro mais caro do mundo chama-se The Birds of America (Os Pássaros da América), uma coletânea de ilustrações de pássaros feitas por John James Audubon (1785 - 1851), um naturalista do século XIX. Ele foi arrematado num leilão por 11,5 milhões de dólares.

  • A maior biblioteca do mundo atualmente é a biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, com mais de 144 milhões de itens diferentes, disponíveis em cerca de 470 idiomas. Acredite se quiser, mas ela possui “só” 32 milhões de livros catalogados.

  • Na Idade Média, os livros eram produzidos por monges copistas que, como o própria nome indica, copiavam os manuscritos página por página. Detalhe curioso: muitos monges copistas eram excelentes desenhistas, mas analfabetos.

  • A maior biblioteca do Brasil é a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, com mais de 9 milhões de itens.

  • A mais volumosa Bíblia do mundo pesa 175 quilos e pertence ao Vaticano.

  • Miguel de Cervantes tinha 57 anos quando publicou a primeira parte de Dom Quixote.

  • O poeta português Fernando Pessoa tinha o hábito de escrever sob diversos pseudônimos, cada um com um estilo e uma biografia próprios. Ente os pseudônimos adotado estão Ricardo Reis, Alberto Caieiro e Álvaro de Campos.

  • O escritor mais traduzido do mundo é o inglês William Shakespeare. Sua obra foi traduzida para mais de 110 idiomas.

  • O autor brasileiro mais traduzido é Paulo Coelho. Ao todos, os livros de Coelho tiveram 1.077 traduções. Os outros autores mais traduzidos são, por ordem: José Saramago, Jorge Amado, Fernando Pessoa, Eça de Queirós, José Mauro de Vasconcelos e Clarice Lispector.

  • Jorge Amado é um dos escritores brasileiros mais traduzidos no mundo. No total, Teve suas obras traduzidas 420 vezes. É também um cujo obra recebeu mais adaptações. Terras do Sem-fim, Tieta do Agreste e Gabriela, por exemplo, viraram novelas transmitidas em horário nobre.

  • Aldous Huxley, autor do clássico Admirável Mundo Novo, narrou suas experiências com alucinógenos num livro chamado As Portas da Percepção. Aliás, você sabia que o nome do grupo de rock The Doors foi inspirado no livro As Portas da Percepção?

  • Também foram as drogas (em especial o ópio e haxixe) que inspiraram o poeta Charles Baudelaire a escrever Os Paraísos Artificiais, uma reflexão sobre o uso de substâncias alucinógenas.

  • No início da carreira, o escritor George Bernard Shaw teve que ser sustentado pela mãe por que não conseguia vender seus livros.

  • O Dia Nacional do Livro é comemorado em 29 de outubro. O Dia do Livro Infantil é lembrado em 18 de abril (aniversário de Monteiro Lobato).

Resenha: A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista - Jennifer E. Smith

Título: A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista (pequeno...)
Autora: Jennifer E. Smith
Páginas: 224
Editora: Galera Record
Ano de Lançamento: 2013
Estrelas fofas: 3/5



Com uma certa atmosfera de Um dia, mas voltado para o público jovem adulto, A probabilidade estatística do amor à primeira vista é uma história romântica, capaz de conquistar fãs de todas as idades. Quem imaginaria que quatro minutos poderiam mudar a vida de alguém? Mas é exatamente o que acontece com Hadley. Presa no aeroporto em Nova York, esperando outro voo depois de perder o seu, ela conhece Oliver. Um britânico fofo, que se senta a seu lado na viagem para Londres. Enquanto conversam sobre tudo, eles provam que o tempo é, sim, muito, muito relativo. Passada em apenas 24 horas, a história de Oliver e Hadley mostra que o amor, diferentemente das bagagens, jamais se extravia.





A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista cumpre o que promete. É uma leitura rápida e fluida que nos leva ao mais profundo conhecimento sobre Hadley.

A princípio, eu estranhei pelo fato de ser narrado em terceira pessoa. É obvio que já li livros desse jeito antes, mas fazia um tempo que isso não ocorria então demorei um pouco para me adaptar. No entanto, mesmo sendo em terceira pessoa, nós só temos acesso às reflexões e diálogos pessoais da Hadley, sobre o nosso queridinho Oliver, podemos apenas suspeitar o que se passa na mente dele.

Não é um livro ruim, mas também não direi que foi um dos melhores que já do gênero. Como eu disse, é uma leitura rápida que você finaliza em questão de horas e para quem está afim de romance, irá se decepcionar um pouco; não que não tenha romance, é claro que tem! Ele apenas não é o foco principal da história.

A autora soube pôr em cheque todos os sentimentos conflitantes da protagonista e nos faz avaliar que nossos problemas, comparados aos problemas dos outros são mínimos. Nos faz refletir e parar de pensar apenas em nós mesmos, dando a ideia de que o mundo realmente não gira ao nosso redor.
Tudo começa quando Hadley chega atrasada no aeroporto e por 4 minutos, perde o seu vôo. Nesse caso, é impossível eu não comparar com o livro 5 Minutos do autor brasileiro José de Alencar – o protagonista perde o ônibus e é somente por conta desse atraso, que ele conhece o amor de sua vida, - tudo bem, a ideia da autora ter lido 5 Minutos soa distante, mas é apenas uma comparação que rapidamente chegou em minha mente.
Já no aeroporto, cheia de sentimentos conflitantes em relação ao casamento de seu pai, a mocinha conhece Oliver, um britânico gentil e Nerd com um charme adorável e aí as faíscas começam a rolar.
Durante toda a história, há passagens sobre eventos que ocorreram no passado da protagonista, geralmente numa de suas lembranças do tempo em que seu pai ainda era casado com sua mãe e vivia com ela. Sobre esse assunto, só tenho a dizer que me identifiquei muito com ela. 
No livro não há frescura, não há ataques de pelanca e nem crises sem sentido de choros. É adolescente? Sim. Mas a personagem principal tem uma maturidade que dá inveja e mesmo infeliz por dentro e com a cabeça conturbada, ela aceita o fato de que, infelizmente, seu pai está feliz e não é com sua mãe.

Já em relação ao Oliver, definitivamente tudo que eu posso dizer é que realmente foi à primeira vista. O diálogo entre os dois é incríveis e houve um determinado momento, em que lágrimas saltaram meus olhos. Mesmo não tendo muito acesso ao ponto de vista dele, em certo capítulo você é capaz de sentir a dor dele, perante a um acontecimento trágico.
Para mim o final deixou um pouco a desejar. Ocorreu tudo muito rápido e eu achei que a autora poderia ter estendido mais ou tê-lo escrito de um modo diferente, mas não acho que isso estragou a história.

Enfim, A Probabilidade Estatística do Amor á Primeira Vista é um livro leve, contudo recheado de autorreflexões que também servem para o leitor, e que deixa a todos com um gostinho de quero mais no final.


P.S.: pra quem gosta de ler escutando música, aconselho a ler ao som de Vanilla Twilight de Owl City e All About Us de Owl City feat. He Is We. 

Mostre sua Coleção #1

Oi gente, tudo bom? Hoje vim trazer a primeira edição do Mostre sua Coleção. Que consiste em vocês mostrarem aqui o seu amor aos livros, com fotinhos das suas coleções - não precisa ter estante pra participar. E hoje vamos conhecer um pouco mais da coleção do Matheus Rocha, Jacqueline Santos e Andressa Zardo. Vamos lá?

Matheus Rocha - UMO:

"Eu ainda tenho poucos livros comparados a outros blogueiros, mas amo cada livro que tenho, pois foram adquiridos de forma especial, ou ganhados ou comprados com dinheiro que não era destinado a isso, porque sou muito compulsivo, mas enfim, meu livro favorito na minha estante (se é que podemos chamar isso de tal forma) é "A Arma Escarlate" da linda Renata Ventura. 
O livro é autografado duas vezes, uma quando eu comprei e uma outra vez quando a autora apareceu aqui na minha cidade. Eu também gosto muito dos meus livros do André Vianco, principalmente "Bento", gosto muito de "Extraordinário" da Palácios do RJ ou RJ Palacio, como queiram, meus quadrinhos espetaculares, "Sob a Redoma" do tio King porque tem cheiro bom e é enorme e meus mangás *-* Eu preciso completar minha coleção de "Yu Yu Hakusho" que é meu mangá favorito! Na minha estante eu também tenho livros que eu lia quando era mais jovem, revistas como a "Mundo Estranho" e marcadores. Uma meta para ESTE ANO é ter todos os livros do André Vianco, do John Green, John Boyne, Markus Zusak e Scott Westerfeld (roendo as unhas de ansiedade por Beemote - segundo livro da trilogia Leviatã xD que eu ainda não comprei porque encontra-se muito caro). Essa foto é um pouco antiga e eu tenho um pouco mais de livros que aparece nela, mas como estou sem câmera, só pude mandar esta foto "

Coleção do Matheus.



Andressa Zardo - Skoob - Instagram:

"Oi pessoal! Meu nome é Andressa e este é o jeitinho que achei para guardar todos os meus livros. Comecei minha coleção em 2010 e por incrível que pareça, antes disso, não gostava tanto assim de ler. Eu amava histórias e criá-las também me agradava, mas ler para mim era obrigação de colégio e acho que era isso mesmo que me impedia. De qualquer forma, depois dos meus 16 anos foi bem mais fácil ler e eu sempre pedia livros de presente em muitas datas comemorativas, mas nunca lia. Depois que fui morar sozinha pelo período de um ano comecei a ler bem mais e aí está o resultado, três anos depois. Eu costumo deixar bem mais organizado, principalmente por tamanho e às vezes por cor ou sobrenome de autor. Tenho vários não lidos que estão aí no meio, mas isso a gente resolve com férias e um tempo sem comprar livros novos (quem nunca?). Sempre mudo de gêneros e livros favoritos e os do momento são: Coração de tinta, O Hobbit, Guerra dos tronos, Harry Potter e qualquer coisa (até mesmo a lista de compras do supermercado!) do John Green. Meu cantinho dos livros é bastante diversificado, tem de tudo mesmo! Desde policial, até romance do Nicholas Sparks. Faço faculdade de medicina veterinária, então é bem comum achar muitas revistas de artigo, almanaques e livros sobre o assunto espalhados por aí. Acho que isso. Obrigada pelo espaço! Beijos :')"


Coleção da Andressa.

Jacqueline Santos:

"Minha coleção não está completa nessa foto, mas dá para perceber meu amor pelos livros".
Como a Jacque não falou muito vou acrescentar, ela tem uma coleção muito linda, vale a pena conferir, viciada mesmo, vive postando fotos dos seus filhos no facebook *-* amo.

Coleção da Jacqueline

Gostaram? Quem quiser participar é só me enviar um e-mail para: keziahraiol@hotmail.com. Me chamar no facebook, ou no instagram @keziahraiol

Resenha: Lutas Sinceras - Fernando Mendes

  • Publicação Independente - AgBook
  • Páginas: 312
  • Nota:
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Após conhecer um mendigo, Cândido descobre ser um real sincero, uma pessoa com capacidades especiais que nunca imaginara. Agora, ele precisa conseguir entender este novo mundo de armas especiais e superpoderes e descobrir como usar suas capacidades para proteger as pessoas que ama dos fanáticos.





Primeiramente devo ressaltar que o livro me surpreendeu, tanto a narrativa do Fernando, que me pareceu mais madura do que em “O Contrário de Roma” quanto a história que em minha opinião está bem elaborada, entretanto ainda assim prefiro “O Contrário de Roma”.

Em Lutas Sinceras conhecemos Cândido, um homem comum, um pouco anti-social, cuja aparência digamos, não seja a mais atraente possível, um homem solitário, deslocado... Até que de repente ele se depara com um mendigo, e estranhamente esse mendigo o atrai – não pense maldade. O tal mendigo é intitulado como Vulto.

A vida de Cândido muda drasticamente e ele tem que aprender a lidar com poderes especiais, lidar com as suas novas capacidades e acima de tudo descobrir como cuidar e proteger as pessoas que ama dos fanáticos – vulgos vilões. Gostei muito da construção dos vilões, as conclusões, a riqueza de detalhes.

Cândido a cada página nos surpreende, sua inteligência e sua ousadia me conquistaram. Vulto é enigmático e a cada página desejamos saber mais sobre ele. O livro tem bastante mistério e ação, uma boa pedida pra quem curte.

O autor havia me contado que o livro tinha uma pegada mais fantástica, anime – inclusive há diversas palavras em japonês – e como eu não sou super fã de anime, pensei que não iria curtir a história, mas me enganei, acabei me envolvendo com os personagens e ficando curiosa para descobrir o futuro de todos. Acho que agora vou baixar uns animes – brincadeira.

Encontrei alguns erros de revisão, repetições e coisas assim. Nada demais. Em suma foi um bom livro, aproveitei bastante seu conteúdo e finalizei a leitura satisfeita.   

Resenha: Simplesmente Ana - Marina Carvalho

Título: Simplesmente Ana                                  Editora: Novo Conceito (Novas Páginas)
Autora: Marina Carvalho                                   Ano:2013
Páginas: 304                                                        Estrelas fofas: 4/5




Imagine que você descobre que seu pai é um rei. Isso mesmo, um rei de verdade em um país no sudeste da Europa. E o rei quer levá-la com ele para assumir seu verdadeiro lugar de herdeira e futura rainha… Foi o que aconteceu com Ana. Pega de surpresa pela informação de sua origem real, Ana agora vai ter que decidir entre ficar no Brasil ou mudar-se para Krósvia e viver em um país distante tendo como companhia somente o pai, os criados e o insuportável Alex. Mudar-se para Krósvia pode ser tentador — deve ser ótimo viver em um lugar como aquele e, quem sabe, vir a tornar-se rainha —, mas ela sabe que não pode contar com o pai o tempo todo, afinal ele é um rei bastante ocupado. E sabe também que Alex, o rapaz que é praticamente seu tutor em Krósvia, não fará nenhuma gentileza para que ela se sinta melhor naquele país estrangeiro. A não ser… A não ser que Alex não seja esta pessoa tão irascível e que príncipes encantados existam. Simplesmente Ana é assim: um livro divertido, capaz de nos fazer sonhar, mas que — ao mesmo tempo — nos lembra das provas que temos que passar para chegar à vida adulta.




Fazendo força para não soltar spoiler...
Eu li esse livro não muito depois de seu lançamento e só agora pude escrever a resenha, e ainda não encontrei as palavras certas para descrevê-lo...
Simplesmente Ana é simplesmente maravilhoso. TUDO! A escrita da Marina, as personagens que ela criou, o enredo, o desenrolar das coisas, o país foi criado de forma tão realista, que às vezes você até imagina que ele exista de verdade. PERFEIÇÃO.
O livro é narrado em primeira pessoa pela Ana, uma estudante de Direito de vinte anos que mora em Belo Horizonte (BH pros mais íntimos) e vive com sua família, está no começo de um relacionamento com Artur e tem Estela como sua melhor amiga.
E aí vem a parte meio esquisita, ela recebe uma mensagem no Facebook de um cara que acredita ser seu pai...Eu fiquei meio que: Oi? Porque esse não é o modo mais convencional de falar uma coisa dessas. Ele poderia, sei lá, aparecer na casa dela, afinal de contas o cara é um Rei, ele tem contatos....
Mas enfim, como escritora, a Marina tem a liberdade criativa dela e nós, leitores, só fazemos aproveitar. Gostei muito do rumo que tomou a relação de Andrej (o pai da Ana, rei da Krósvia) e sua filha. Foi algo bastante realista, sem exageros e nem infantilidades da parte de nossa protagonista. Andrej é um homem maravilhoso e pai atencioso que soube se dividir bem entre pai e monarca de um país europeu.
Sobre o Alex...o que posso falar dele sem fazer muito alarde? Ele é um fofo e ao mesmo tempo um...um....um chato. Suas nuances de humor, o modo como ele foi todo protetor em relação ao Andrej no começo e depois como se portou ao descobrir que a Ana não era a garota interesseira que ele a julgava ser e claro, a fofura dos dois em seus momentos a sós. Ele mostrando a ela as paisagens do país e todo o resto.
O chato, chato mesmo foi a existência da “Nome de Cachorro”, ela é aquela típica filha de uma...promíscua, de marca maior, e se eu pudesse entrava no livro e dava uns tapas nela pelo que ela fez a Ana passar, mas eu não posso ser imparcial e pôr toda a culpa dela, porque nossa Ana tinha que ter tomado certas atitudes diferentes das que tomou.
De qualquer forma, Marina Carvalho se mostrou uma escritora de primeira, daquelas que dão orgulho de ter como “nacionais” e o final do livro foi perfeito, não podia esperar algo diferente e mesmo assim surpreendente.
O mais “top” de tudo é saber que logo teremos uma continuação por aí....o que será que nossa princesa com seu jeitinho brasileiro de ser aprontará? Só lendo pra saber!
Simplesmente Ana está mais do que recomendado, indico para todos os amantes de livros, principalmente os românticos de plantão.



Resenha: Prince Of Thorns - Mark Lawrence


  • Editora: DarkSide
  • Páginas: 360
  • Nota: 
  • Skoob

Tem início a Trilogia dos Espinhos: Ainda criança, o príncipe Honório Jorg Ancrath testemunhou o brutal assassinato da Rainha mãe e de o seu irmão caçula, William. Jorg não conseguiu defender sua família, nem tampouco fugir do horror. Jogado à sorte num arbusto de roseira-brava, ele permaneceu imobilizado pelos espinhos que rasgavam profundamente sua pele, e sua alma. O príncipe dos espinhos se vê, então, obrigado a amadurecer para saciar o seu desejo de vingança e poder. Vagando pelas estradas do Império Destruído, Jorg Ancrath lidera uma irmandade de assassinos, e sua única intenção é vencer o jogo. O jogo que os espinhos lhe ensinaram.

Prince of Thorns é o primeiro livro da trilogia dos espinhos – Thorns em inglês significa espinhos. Os volumes seguintes são King Of Thorns e Emperor Of Thorns. 

O protagonista é egoísta, tem uma forte habilidade de conseguir enganar o próximo, não tem um pingo de vergonha de suas atrocidades, pelo contrário age naturalmente, é completamente maldoso, não sente culpa, não se arrepende, não dá o braço a torcer, é capaz de tudo para conseguir o que quer, desde passar por cima de seus capachos, trair a confiança de quem for, estuprar, matar, roubar, torturar, um vilão dos bons, um sociopata. Quem me conhece sabe que essas são as “qualidades” que eu mais aprecio em um personagem, amo um anti-herói e odeio os mocinhos indefesos e sem atitude, com o Jorg Ancrath a coisa é diferente, se você torcer o livro é capaz de sair sangue. 

Nas primeiras páginas achamos que a hostilidade de príncipe Jorg não ia longe, afinal o menino tem cerca de 15 anos, mas não se engane com a carinha de anjo, ele pode superar as suas expectativas, e pode ser realmente impiedoso. 

Voltamos à era medieval em sua forma mais grotesca, violenta e brutal, onde somos apresentados a um grande mistério – escondido – que é capaz de explicar a sua existência, durante a trilogia inteira. 

Muita gente está detestando o livro por causa do temperamento inusitado do Jorg – inusitado mesmo, ele faz coisas que não imaginamos, uma hora está bem e do nada acaba matando alguém ou alguma coisa. Fique ligado e nunca, jamais confie nele. Antes de começar a leitura desse livro, você tem que estar aberto ao fato do protagonista ser um anti-herói dos mais grotescos sem o mínimo escrúpulo, para depois não acabar se arrependendo ou desgostando do livro. 

Mark tem uma boa sacada, pois cada página contém ação pura, sangue, guerras, fantasia, e tudo que temos direito, e a riqueza de detalhes é fascinante, você consegue até sentir o cheiro de sangue, de morte. 

Darei apenas quatro estrelas, pois achei a idéia de Mark fabulosa, mas ele pecou um pouco no desenvolvimento, algumas partes se tornaram tediosas e deixaram a narrativa um pouco enrolada. 

O livro é finalizado e algumas perguntas pairam na nossa cabeça, então nos resta esperar a sua continuação. Espero que venha tão maravilhosa como esta, tanto na diagramação, capa e conteúdo. Um ótimo livro para aqueles que não têm medo de sangue.

Resenha: Cisne - Eleonor Hertzog

  • Editora: Dracaena
  • Páginas: 832
  • Nota: 
  • Skoob

Ninguém sabe exatamente quais são os critérios de seleção da Escola Avançada de Champ-Bleux, mas não há como discutir sua eficácia. Seus exames de ingresso não erram nunca! Entre milhares de candidatos de todos os pontos da Terra, apenas duzentos e cinquenta são escolhidos a cada semestre. E, num mundo onde ser cientista é o maior status que alguém pode desejar, a Escola Avançada de Champ-Bleux forma aqueles que são disputados a peso de ouro. Doris e Henry Melbourne são cientistas formados por Champ-Bleux. Aparentemente, são biólogos marinhos. Aparentemente, suas vidas se centram no Cisne, barco de pesquisas onde moram com os filhos. E, também aparentemente, são terráqueos... Seus filhos acreditam em todas essas aparências – ao menos por enquanto. Seguindo os passos dos pais, os jovens Melbourne fizeram os exames de ingresso para Champ-Bleux. Enquanto, cheios de expectativa, aguardam os resultados para saber se ao menos um deles entrou na Escola Avançada, veem-se envolvidos numa questão diplomática entre Terra e Tarilian, o único outro mundo habitado que os terráqueos conhecem. Inesperadamente, o futuro das relações entre os dois mundos vai ser decidido em um barco no meio do oceano! Mal sabem eles que isso é apenas o começo... Logo precisarão decidir pela Terra inteira!

Não se assuste com a grossura do livro, Cisne é um livro que apesar de conter muita informação e exigir que você se prenda por completo na leitura para que nada passe despercebido, é um livro maravilhoso de ser lido, pois a narrativa é tão sedutora que você não consegue parar de ler, você quer embarcar no Cisne e descobrir todos os seus segredos.

Em Cisne conhecemos a família Melbourne e de cara nos sentimos em casa, no começo eu ficava perdida com a quantidade de personagens e demorei um pouco para pegar o ritmo da leitura e conseguir saber quem é quem, nada que atrapalhasse a leitura.

A família Melbourne é composta pelos pais; Henry e Doris, e seus queridíssimos oito filhos – isso mesmo são oito filhos: Pam, Bobby, Lis, Tim e Tom – Gêmeos – Teo e Ted – também gêmeos – e a filha adotada, Peggy.

A personalidade de todos os personagens é algo que devemos reparar, pois o livro não conta só com os Mebourne, somos apresentados aos poucos a novos personagens e quando isso acontece percebemos que eles têm cada um, uma personalidade única e diferente, o que é muito difícil de ser criado.

Henry e Doris são biólogos marinhos, daí vem uma possível explicação para eles morarem no Cisne, uma espécie de biolab para pesquisas oceânicas. O livro tem uma diversidade incrível, são planetas, espécies, naves, mutantes, alienígenas e várias outras coisas, todas criadas pela mente magnífica da autora. Ao começar o livro você jamais imagina que irá adentrar em um universo só seu, criado sob medida e completamente entusiasmante.

A história toma um rumo surpreendente, e conseguimos imaginar cada parágrafo da maneira mais clara do mundo, graças a uma narrativa fluida e cheia de sentimentos, além de tudo é um livro muito divertido, não tem como não se envolver com os Melbourne e acabar rindo de suas peripécias.

É um livro diferente do que estamos acostumados, tenho certeza que vocês iram se surpreender e se apaixonar por Cisne, assim como eu. E o final, que final... Eleonor sabe como deixar um leitor extasiado e maluco pela continuação.

AVISO: Essa semana postarei apenas resenha aqui no blog, uma por dia. Pois preciso mesmo desatolar as coisas por aqui, atrasou tudo quando minha mãe adoeceu e eu fiquei um tempo sem atualizar o blog e consequentemente sem ler muito, mas prometo que semana que vem as coisas voltam ao seu fluxo normal. Agradeço a compreensão e espero que vocês aproveitem as resenhas.

Resenha: Garota, Interrompida - Susanna Kaysen

Editora: Única
Páginas: 190
Nota: 


Quando a realidade torna-se brutal demais para uma garota de 18 anos, ela é hospitalizada. O ano é 1967 e a realidade é brutal para muitas pessoas. Mesmo assim poucas são consideradas loucas e trancadas por se recusarem a seguir padrões e encarar a realidade. Susanna Keysen era uma delas. Sua lucidez e percepção do mundo à sua volta era logo que seus pais, amigos e professores não entendiam. E sua vida transformou-se ao colocar os pés pela primeira vez no hospital psiquiátrico McLean, onde, nos dois anos seguintes, Susanna precisou encontrar um novo foco, uma nova interpretação de mundo, um contato com ela mesma. Corpo e mente, em processo de busca, trancada com outras garotas de sua idade. Garotas marcadas pela sociedade, excluídas, consideradas insanas, doentes e descartadas logo no início da vida adulta. Polly, Georgina, Daisy e Lisa. Estão todas ali. O que é sanidade? Garotas interrompidas.

Você se considera louco? O que é ser louco pra você. Em meados de 1967 ser louco era fazer qualquer coisa que fosse contra os parâmetros que a sociedade impunha, depressão era loucura, se apaixonar por um professor ela loucura. Portanto Sussana Kaysen era considerada duplamente louca, além de ser depressiva acabou tendo um relacionamento com seu professor durante sua adolescência. E sabem o mais revoltante? Foi mandada para um hospício.

Garota Interrompida é um livro baseado em fatos reais, composto por acontecimentos fortes e que nos fazem pensar aonde a mente fechada e decrépita do ser humano pode chegar. Após algum tempo no hospício, Sussana começou a se questionar se realmente era louca. A depressão que ela tinha a levou a uma tentativa de suicídio, certamente. Sim, Sussana tentou tirar a própria vida. Um fato interessantíssimo é que o livro nada mais é do que uma autobiografia, aonde a autora e protagonista vai nos contar em detalhes os trágicos momentos que viveu dentro de um hospício.

Sussana não estava só, Lisa, Polly, Georgina e Daysi são as garotas com que ele teve que conviver durante o tempo que ficou lá. Todas dadas por loucas. A narrativa é muito forte, são relatos que até chocam, nos mostrando o quão o mundo pode ser injusto e impetuoso e o quão a sociedade pode ser preconceituosa.

A autora narra diversos personagens que vão adentrando ao hospício, cada um com suas peculiaridades, entre eles anoréxicos, drogados e depressivos, todos com um único intuito, tentar encontrar a sanidade que lhes foi imposta como perdida, alguns com loucuras avançadas, outros apenas passando por momentos difíceis, e é essa parte que mais choca, pois pensamos: Por que essa pessoa está ai?

O nome do livro faz todo sentido, Susanna deixa bem claro que enquanto o seu mundo parou no momento que ela entrou pelas portas do hospício, lá fora tudo continuo girando e tomando seu rumo naturalmente.

A diagramação está perfeita, contamos com cartas, diagnósticos clínicos, notas de progressos e notas sobre o seu estado feitas por enfermeiras. A narrativa não tem uma ordem sucessiva, intercalando entre passado e presente, o que pode comprometer a sua leitura se você não estiver atendo aos ganchos. Fora isso a narrativa é bem fluida.

É um livro que mexe com você, com seus sentimentos, com seus pensamentos, faz você pensar e repensar na vida, nas pessoas, nas coisas. A autora nos passa muito sentimento, apesar de todo o enredo ser carregado de vibrações negativas – veja bem, estou falando isso levando em consideração aos acontecimentos.

Em outras palavras, um ótimo livro, fabuloso, porém diferente.

  
Fonte: http://princesa-descolada-myla.blogspot.com/2013/03/paginacao-numerada.html#ixzz2j39CpByO