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Resenha: Biofobia - Santiago Nazarian


  • Editora: Grupo Editorial Record
  • Ano: 2014
  • Gênero: Thriller
  • Páginas: 240
  • Mais Informações
  • Nota: 

“Talento, voz, rosto, tudo murcha com o tempo. A natureza é madrasta e, para um roqueiro de meia-idade que já viveu todos os excessos de sua geração, a natureza só existe como ameaça, inimiga, perversa. Isolado numa casa de campo, após o suicídio da mãe, ele enfrentará suas frustrações e medos internos, enquanto o mato cresce lá fora, o solo espera por seu sangue. Biofobia é a volta de Santiago Nazarian ao thriller, seu primeiro romance ‘adulto’ em cinco anos, numa narrativa tão literária quanto cinematográfica. Prepare-se para o pior.”




André é um roqueiro de meia idade, vocalista de uma banda – de rock, obviamente – que alcançou o máximo de sucesso possível, e agora está apenas aproveitando os frutos de seu trabalho. Sua mãe era uma escritora de sucesso, mas a mesma comete suicídio e deixa André completamente desolado, mas não desamparado – como se ele precisasse de algo – de herança André recebe uma casa situada em um interior. Essa casa é o paraíso, como sua mãe era escritora a casa possui uma vasta gama de livros espalhados – pense na inveja que tive ao ler isso. E para o meu espanto, a decisão principal de André e de sua irmã era se desfazer de tudo aquilo que pertencia a sua falecida mãe, e neste meio termo temos um André com crise existencial, começa a refletir sobre seu passado, presente e futuro. 

Este livro é bem completo, de inicio temos um enfoque para área existencial, toda uma vibe de: “morte, vida, como somos feitos de carne, o que tem depois disso aqui?” Engraçado que isso realmente nos toca, e nos faz querer saber mais sobre os pensamentos de André. E mais pra frente temos um mix de terror, mexendo com seu imaginário. André é incompreendido, mas eu certamente me apaixonei pelo personagem, pela sua simplicidade e seus pensamentos tão... Humanos. Todos nós temos duvidas, todos passaram por momentos difíceis, e esses questionamentos que vem a nossa mente são completamente normais, ainda mais depois de atingir uma dor tão profunda como a morte tão desmedida de uma mãe.

É o tipo de livro que você cria um amor e um ódio. Ele tem aquela coisa mais filosófica, que deixa um final meio aberto, que em minha opinião me deixaram bem confusa – por isso tirei uma estrela – a verdade é que eu espera mais explicações, mais emoção, mais... Apenas mais do final. A gente termina a leitura com aquela sensação de “falta algo”. O autor tem um talento inegável, mas ele precisava ter explorado mais essa ideia maravilhosa do livro, criado mais, exposto mais. Mas, ainda assim é um livro maravilhoso, nos faz pensar e nos envolve bastante. Indico a todos aqueles leitores que gostam de uma leitura que nos faça refletir.


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Fonte: http://princesa-descolada-myla.blogspot.com/2013/03/paginacao-numerada.html#ixzz2j39CpByO