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Resenha: Cartas para um pai - Janaina Rico


  • Editora: Modo
  • Páginas: 200
  • Nota: 
  • Skoob

Juliana achou que suas férias em João Pessoa renderiam apenas fotos e boas lembranças, mas não foi assim que as coisas se desenrolaram. Uma gravidez inesperada alterou toda a sua vida e, para se comunicar com o pai do bebê, as cartas foram a melhor escolha. Um livro emocionante e envolvente, sobre amores e a formação de uma nova vida.






Em Cartas para um pai conhecemos a história da Juliana, 22 anos, Brasiliense, estudante de Secretariado Executivo e funcionaria em uma empresa. Ao chegar suas Férias, Juliana decide que merece um descanso longe da agitada Brasília, então escolhe seu destino e segue em rumo a João Pessoa para trinta dias de paz, sossego e muita praia. Ao chegar a João Pessoa ela conhece um universitário chamado Anderson. A química entre eles é indiscutível e eles não resistem um ao outro. Durante os 30 dias que ela passa na Paraíba, eles ficam juntos, desfrutando da companhia um do outro e se amando loucamente. Mas como tudo que é bom dura pouco, os 30 dias passaram voando e logo Juliana teve que voltar a sua turbulenta rotina em Brasília.

Todo mundinho perfeito que ela havia projetado desaba ao descobrir uma gravidez não planejada, sozinha e sem apoio ela precisa se superar e dar a volta por cima. Como Anderson mora longe ela realmente não tem apoio de um homem que a console e cuide dos momentos mais precários de uma gravidez. Muito confusa com a situação ela não sabe se realmente deve contar aos seus pais o que está acontecendo, durante os primeiros meses da gravidez ela mantém tudo em sigilo completo, e sofre sozinha. Seu único consolo é mandar cartas para um pai, o pai do seu filho. Ao descobrir a gravidez, Anderson não encara numa boa e acaba sendo grosso com ela, porém depois se retrata.

Apesar de o livro ser fino, com poucas páginas, a narrativa é intensa e as constantes mudanças de humor da Juliana por causa da gravidez, afetam de maneira drástica o leitor, algumas tiradas sarcásticas nos fazem rir, porém o drama de agüentar uma gravidez e ser responsável por uma outra vida sem ajuda e apoio de alguém é duro, e acabamos nos comovendo com a história. Juliana é uma mulher antenada e vive conectada a internet, onde usa o e-mail constantemente para expressar seus sentimentos e angustias para Anderson. Alguns e-mails são muito engraçados, outros são extremamente tristes. Qualquer dúvida que ela tem com relação ao bebê, ela corre e joga na internet, e isso a deixa um tanto quanto paranóica, demora um pouquinho para a ficha cair e ela se tocar que agora é responsável por duas vidas, e que aquele serzinho dentro da sua barriga está vivo e crescendo a todo momento, quanto ela finalmente se dá conta disso, começa a chamá-lo de “alien” seu pequeno alien. Algumas pessoas podem até achar chato, feio e grosseiro uma mãe chamar seu filho em formação de alien, porém eu encarei tudo como uma forma descontraída de uma mãe inexperiente para superar seus medos e se acostumar com a pequena vida que está a caminho.

Eu sei que é difícil largar a sua vida e sair do seu estado, mas o Anderson para mim se mostrou super indiferente, apesar de aceitar a gravidez, e querer participar da vida da criança. Pense comigo, principalmente você que é mãe ou pai. O que você faria por um filho? Além do mais, Juliana nutriu um amor incondicional por Anderson, mas em nenhum momento ele mostrou ser recíproco, pois ela passou por momentos difíceis, muito difíceis sozinha, e quem disse que ele saiu da Paraíba para Brasilia para ajudá-la a superar isso? Isso é amor? Para mim não, portanto Anderson foi um personagem que me deixou irritada e enojada.

Alguns pontos negativos do livro: O Final! Definitivamente eu esperava mais do final, não que ele tenha sido ruim, simplesmente acabou em um momento que não deveria ter acabado. Imaginem-se assistindo aquele filme maravilhoso quando de repente no desenrolar dos fatos, falta energia e puf, você fica com várias dúvidas sem respostas na sua mente, e elas ficam pairando, pairando, pairando.

O livro é composto por cartas, e diálogos são extremamente raros, porém em nenhum momento isso me cansou, pois o enredo se mostrou tão envolvente que os diálogos nem foram necessários. Fofo, engraçado e emocionante, em Cartas para um pai você consegue sentir-se grávida sem nem precisar carregar um bebê por nove meses.

4 comentários:

  1. Oii Kéziah!

    A sua resenha me passou a mesma sensação que a capa. Parece ser um livro sensível e único. É uma pena que o final não seja tão bom. Fiquei bem curiosa para ler, de verdade!

    Beijos,
    http://pitadadecultura.blogspot.com.br/

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  2. Bem envolvente sua resenha, creio que o livro me envolveria também, assim como fez com você. Tenho vontade de ler os livros da Janaína e tomara que me 2014 eu consiga.
    Parabéns pelo incentivo que sempre dá aos livros nacionais.
    Beijos
    Viviane
    Razão e Resenhas

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  3. Oi amiga!

    O que definitivamente chama a minha atenção nesse livro é a capa e o nome dele. Instigam muito a minha vontade de ler, mesmo eu não conhecendo a história (o que mudou agora =]). Achei a história bem interessante e eu também devo ficar muito chateada com o Anderson. O entendimento de um pai deveria ser totalmente diferente. A sua resenha está ótima e eu fiquei bem curiosa para ler o livro!!

    Beijos,

    Celle
    www.bestherapy.net

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  4. Oi Kéh!
    Não possuo a mínima vontade de ler esse livro. :x
    Eu li a sinopse e sua resenha, e pude perceber que este livro não me agradará.
    A história não me atrai. Não consigo sentir vontade de ler, sabe?
    Mas fico feliz que tu tenhas gostado, até porque a autora vem crescendo e é nacional. Torço por ela.
    Abraço!

    "Palavras ao Vento..."
    www.leandro-de-lira.com

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Fonte: http://princesa-descolada-myla.blogspot.com/2013/03/paginacao-numerada.html#ixzz2j39CpByO