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Resenha: Colin Fischer - Ashley Edward Miller, Zack Stentz


  • Editora: Novo Conceito
  • Páginas: 176
  • Nota: 
  • Skoob

Resolvendo o crime. Uma expressão facial por vez. O ano letivo de Colin Fischer acabou de começar. Ele tem cartões de memorização com expressões faciais legendadas, um desconcertante conhecimento sobre genética e cinema clássico e um caderno surrado e cheio de orelhas, que usa para registrar suas experiências com a MUITO INTERESSANTE população local. Quando um revólver dispara na cantina, interrompendo a festinha de aniversário de uma das garotas, Colin é o único que pode investigar o caso. Está em suas mãos provar que não foi Wayne Connelly, justamente aquele que mais o atormenta, que trouxe a arma para a escola. Afinal de contas, a arma estava suja de glacê, e Wayne não estava com os dedos sujos de glacê…


Colin tem Síndrome de Asperger... “é um transtorno do espectro autista, diferencia-se do autismo clássico pelo portador ter fala compreensível”... “A SA é mais comum no sexo masculino. Quando adultos muitos podem viver de forma comum, como qualquer outra pessoa, entretanto, além de suas qualidades, sempre enfrentarão certas dificuldades peculiares à sua condição. Há indivíduos com Asperger que se tornaram professores universitários (como Vernon Smith,Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel de 2002).”

Algumas características dos portadores da síndrome são:
- Dificuldade de interação social; Durante o livro percebemos nitidamente que os autores ligaram a condição do Colin com essa característica, pois o mesmo tem MUITA dificuldade de interagir socialmente.

- Dificuldades em processar e expressar emoções (este problema leva a que as outras pessoas se afastem por pensarem que o indivíduo não sente empatia); Colin anda com cartões contendo expressões faciais legendadas para que ele consiga processar melhor as emoções das pessoas ao seu redor.

"Interpretação muito literal da linguagem, dificuldade com mudanças em sua rotina, pessoas desconhecidas, ou que não veem há muito tempo, comportamentos estereotipados. No entanto, isso pode ser conciliado com desenvolvimento cognitivo normal ou alto.”

Bom, li um pouco sobre a síndrome antes de começar o livro, não posso dizer que sou expert no assunto, mas pelo pouco que li, pude ver que os autores conseguiram expressar muito bem as condições dos portadores, como vocês puderam checar um pouco acima.

Colin tem 14 anos, odeia azul, anda com alguns cartões com legenda para identificar expressões faciais e ODEIA ser tocado. Os autores conseguiram juntar tudo e fazer com que algumas cenas se tornem bastantes engraçadas por estarem em momentos tão incomuns. O engraçado dessas "restrições", foi a sacada fabulosa de colocar todos esses aspectos na própria capa.

A história gira em torno do nosso querido Colin dando uma de detetive. Durante o aniversário de Melissa um tiro foi dado na cantina da sua escola. E o principal suspeito é Wayne, mas Colin tem certeza da sua inocência e parte em uma jornada para tentar provar que Wayne não é o culpado. Toda essa força de vontade de Colin em provar que Wayne é inocente me deixou emocionada, afinal eles não são amigos, muito pelo contrário o garoto que tem o dobro do seu amanho e sua força sempre perseguiu Colin, sabe aqueles que ficam praticando Bullying com os mais fracos? Então.

E mesmo com as diferenças ele resolve investigar a favor do seu “arqui-inimigo”. 

O enredo é muito envolvente, bem escrito e tem várias tiradas engraçadas que abordam a síndrome de uma maneira mais suave, mostrando que os portadores podem sim ter uma vida normal. Suave e marcante, assim que eu caracterizaria esse livro.

*Alguns trechos sobre Asperger foram retirados do Wikipedia.

2 comentários:

  1. Sabe Kéh, a primeira vez que li a sinopse desse livro eu me interessei porque meu filho Isaías tem um amigo com essa síndrome. É bem complicado, pra família e tudo o mais, até mesmo ser amigo de um portador de Asperger e os espectros do autismo é delicado, tem dias que a criança (ou jovem/adolescente) está alegre, normal e apto para qualquer brincadeira e convívio, mas daí vem as crises e o amigo precisa ser paciente e presente, ser amigo de verdade. Tenho orgulho de dizer que meu filho é um bom amigo.
    Por isso e pela trama que eu quero demais ler esse livro, que está ali na estante, em esperando. Sua resenha me cativou, o simples fato de você pesquisar me deixou orgulhosa de você. Parabéns, como sempre fico feliz ao visitar seu cantinho.
    Obrigada por você ser desse jeito, tão dedicada.
    Beijos
    Vivi

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  2. Fiquei curiosa de ler o livro, pois é sempre boa a ideia de criar personagens com essas características especiais, para abrir os olhos das pessoas a necessidade deles e ao mesmo tempo ir combatendo o preconceito.
    Tenho certeza de que é uma leitura muito feliz.

    Conversas de Alcova

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Fonte: http://princesa-descolada-myla.blogspot.com/2013/03/paginacao-numerada.html#ixzz2j39CpByO