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Resenha: Terras Metálicas - Renato C. Nonato


  • Editora: Novo Século
  • Páginas: 616
  • Nota:
  • Skoob

A Última Guerra lavou a atmosfera com uma massa nuclear, tornando-a incapaz de sustentar a vida. Para continuar sobrevivendo, a humanidade precisou se adaptar, isolando-se numa atmosfera artificial: a Esfera, local onde tem se mantido com o passar das gerações. A utopia da sociedade reinou desde então, com a paz sendo mantida com mão de ferro pela Elite. Mas essa paz pode acabar… Raquel é uma recém-formada em primeiro nível na Academia, que passa seu tempo livre entre Saturno – o parque temático da Esfera – e divagações sobre seu sonho de voar. Ao iniciar uma nova etapa de vida, ela vai encarar a cerimônia de implante que pode tornar esse sonho realidade, se a habilidade dos Túneis lhe for conferida. Mas essa nova etapa também vai levá-la por caminhos perigosos… Raquel descobrirá que o IA, responsável por todos os sistemas de sobrevivência da Esfera, está com os dias contados. Como manter a sanidade sabendo que a vida tal qual você conhece está para acabar? Raquel ainda não tem essa resposta, mas vai precisar encontrá-la. E para isso ela precisará, mais do que nunca, da ajuda de seus amigos… Tashi, Tales, Ângelo, Camila, Liceu, Isabela e Nirvana lhe darão sustentação quando tudo o mais na utópica Esfera estiver ruindo.


Imagine uma guerra que transforma o planeta em uma bola de radiação, e a única forma de sobreviver é mudando-se para a “Esfera” um local minuciosa e cuidadosamente fechado. Bom, vamos tentar explicar um pouco da história para vocês, pois a mesma contém inúmeros detalhes que a transformam em uma magnífica obra.

Conhecemos a história de Raquel, uma jovem impulsiva, mandona e uma líder nata, não é a toa que ela controla um grupo de jovens dentro da Esfera. Raquel tem um tashi – a primeira resenha que li sobre esse livro, citava sobre a existência dos Tachis, e foi exatamente esse ponto que me deixou com água na boca sobre o livro, por esse motivo resolvi citá-los também. Mas Kéziah, o que é um tashi? Então, ai está outro ponto muito positivo da história: A criatividade do Renato.

“Tashi era uma pequena esfera, um pouco maior que as bolas de tênis. Metade de sua superfície era recoberta por metal e micro circuitos, com minúsculos pontos e linhas azuis, a outra parte era um visor côncavo capaz de reproduzir imagens, dar notícias ou acessar a televisão local, mas que na maior parte do tempo apresentava um fundo branco com dois pontos robustos e um risco, numa imitação simplória do rosto humano.”

Um Tashi seria um celular avançado, quem sabe o mesmo não seja inventado daqui a uns anos? Renato, passe o segredo da criação de um pro governo. Voltando ao assunto, Raquel ganhou este tashi quando criança, e adivinhe que nome ela deu a ele? Tashi. Ela batizou um tashi, com o nome Tashi. Ok, um pouco confuso, mas dá pra entender. O mais legal dos tashis – o que me fez querer um – é que cada um tem uma personalidade distinta, como se fossem pequenos “animais” robóticos de estimação.

O inicio foca na “Cerimônia de Implante” que vai influenciar no futuro da Esfera. Essa Cerimônia me lembrou muito o começo do filme da Timkerbell – não me julgue – mas o fato de todos serem divididos por categorias como “Bios”, “Exilados”, “Antenas”... Ok! Vamos por partes.

Bios: São aqueles que conseguem controlar e transformar o próprio corpo.

Sibérios: Tem o poder de controlar temperaturas.

Túneis: Movem os objetos a distancia (Telecinese).

Exilados: Sem habilidades especificas.

Antenas: Tem o poder de ler a mente e os pensamentos.

Após serem colocados em suas “categorias” por assim dizer, todos são redirecionados a aulas para aprender como mexer e controlar esses poderes,

O que ninguém imaginava era que a Esfera corre grande perigo e um grupo de rebeldes está armando para destrui-lá e que dentro da Esfera existem traidores. Raquel e seus amigos partem em uma jornada fabulosa na tentativa de salvar o seu “mundo” enfrentando diversos perigos.

Dei quatro estrelas por um único motivo, algumas passagens do livro foram desnecessárias e isso atrapalha um pouco a leitura e até a torna um pouco enfadonha em alguns pontos, porém, nada que atrapalhe de maneira incalculável o magnífico mundo que somos apresentados.

A narrativa do Renato é simples e nada rebuscada, facilitando assim a leitura, nem preciso dizer que a sua criatividade chega a ser assustadora, são tantas informações novas, criações do próprio autor que nos provam que os nacionais têm um talento e uma criatividade que vai além da nossa imaginação. Essa novidade presente no livro, que foge do contexto bruxas, vampiros, lobisomens e esses outros seres sobrenaturais, é fascinante, somos apresentados a algo novo, exclusivo de Terras Metálicas.

3 comentários:

  1. Oie Ké
    não conhecia o livro, mas achei a premissa super inovadora e instigante. Gosto quando o autor inova e cria conceitos novos.
    Quero ler.
    bjos
    www.mybooklit.com

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  2. Nao conhecia o livro, ele me pareceu ser bom um trama diferente que sou acostumada a ler. Espero poder ler logo!


    xx

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  3. Não conhecia o livro Kéziah, mas sabe o que mais me motivou a ler o livro, lendo sua resenha? Foi o fato do escritor escrever com simplicidade e sem rebuscar o texto. Nossa, eu detesto e me canso com autores que ficam elaborando histórias atuais numa escrita de 1600 e antigamente, entende?
    Mas então, está aí um livro que coloquei na minha lista e vou dar uma chance em 2014. Adorei a dica.
    Beijos
    Vivi
    RR

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Fonte: http://princesa-descolada-myla.blogspot.com/2013/03/paginacao-numerada.html#ixzz2j39CpByO